domingo, 28 de setembro de 2014

Taylor Swift: a dona do country-pop deixa os fãs em estado de graça


Taylor Alison Swift é um prodígio. Um dos grandes nomes da música country-pop, a americana de 24 anos coleciona conquistas em uma carreira já consolidada. A artista entrou bem cedo no caminho do estrelato. Aos 11 anos, convenceu os pais a viajarem com ela até Nashville, capital da música country, onde foi de gravadora em gravadora oferecendo um cd demo gravado por ela em estúdio. Sem receber resposta, aos 12 anos a jovem Swift decidiu que precisava se diferenciar de outras artistas, e aprendeu a tocar violão. Aos 13 anos, Taylor escreveu sua primeira música; aos 14, mudou-se definitivamente para o Tenessee; aos 15 assinou contrato de um ano com a RCA, uma grande gravadora americana. Aos 16, assinou com a Big Machine Records, um selo americano que estava entrando no mercado nessa época, e com quem trabalha até hoje. Pouco tempo depois, lançou seu primeiro álbum, o auto-intitulado “Taylor Swift”, que vendeu cerca de 39 mil cópias na semana de estreia. Mas foi em 2008 que a música da americana começou a tocar em todo o mundo. “Love Story” foi um dos grandes hits do ano, e alçou Taylor ao posto de nova estrela do country-pop. Seis anos depois do primeiro grande sucesso, Taylor Swift tem mais de 44 milhões de seguidores no Twitter, quase 70 milhões de curtidas na página oficial do Facebook, quatro álbuns de sucesso, sete Grammys Awards, três turnês próprias.



Taylor não trouxe nenhuma de suas tours ao Brasil. A americana só pisou em solo brasileiro em 2012, por um período curtíssimo de tempo, durante o processo de divulgação do álbum “Red”. Ainda assim, o número de swifties - como são conhecidos os fãs da artista – por aqui é enorme. Atualmente são cerca de cinco grandes updates sobre a cantora. O Swift World BR existe desde 2012, e hoje tem mais de 18 mil curtidas em sua página no Facebook, com uma média de mil visitas diárias no site. O webmaster do update, Jefferson Souza, conheceu a música de Taylor em 2010, e desde então a acompanha de perto.

“Eu conheci o trabalho dela porque sempre acompanho charts (paradas musicais) e lembro que quando ela lançou ‘Love Story’, a faixa fez um grande sucesso no iTunes. Ouvi a música e gostei muito, no álbum seguinte, eu não consegui resistir e virei swiftie”. 

Fãs de uma artista com carreira muito bem-sucedida, sem histórico de envolvimento em grandes escândalos, atenciosa com os fãs, os swifties formam um dos fandoms mais calmos da música pop. Diferentemente do que acontece em outros grupos de fãs, os updates se reúnem para divulgar o trabalho da ídola sem grandes problemas ou rivalidades.

“Temos parcerias com páginas no Facebook, por exemplo. Criamos um projeto bem legal em nosso site que conta com algumas parceiras. Sempre mantemos associações com outras equipes”.

Segundo Jefferson, a boa relação se estende a outros grupos de fãs.

“Como Taylor é muito amiga da Selena Gomez e da Lorde, então os fãs acabam virando amigos também. Eu, por exemplo, não gostava da Lorde, mas logo quando Taylor começou a sair com ela, fui ouvir com mais atenção e adorei”. 

É claro que o sucesso atraiu a atenção da mídia. Todos os dias saem fofocas, fotos, notícias sobre a artista. O Taylor Nation – antigamente conhecido como Swift BR – foi criado em 2010, e para evitar a publicação de rumores falsos, estabeleceu procedimentos básicos de organização daquilo que deve ser publicado.

“Temos um filtro base para postarmos algo. Se é algo relacionado ao profissional, esperamos que a notícia venha de fontes confiáveis, como sites americanos experientes e até mesmo da equipe da Taylor (que no Brasil é agenciada pela UNIVERSAL). Quando se trata da vida pessoal, procuramos bastante sobre as fontes, se vermos que é algo confiável, divulgamos”. 

Mi Santos faz parte da equipe Taylor Nation, e vê no site uma oportunidade de ficar um pouco mais próxima da ídola.

“Além de ficar mais perto do dia a dia dela enquanto fazemos as atualizações, em 2012, quando o ‘RED’ estava prestes a lançar e ela veio ao Brasil para o pocket show, sorteamos 20 pares de convites através de concurso, e a nossa equipe também foi. Nós éramos 10, no total”.

O sentimento de proximidade com Taylor Swift é muito comum entre os swifties. Apesar de não ter costume de interagir com fãs no Twitter, volta e meia a artista vai no Instagram de alguns fãs e deixa mensagens.





Mês passado, a americana organizou um livestream com transmissão mundial para anunciar single e álbum novos. Algumas fãs participaram do evento e viram Taylor de perto. Depois, ela levou cerca de 10 dessas pessoas que estavam no local para seu apartamento. Não é qualquer artista com uma fortuna de U$ 50 milhões que faz isso. Esse carinho especial que Taylor claramente tem com a fanbase chamou a atenção de Claudia Santos, fã da cantora desde 2008.

“Além da voz maravilhosa, ela me faz sentir melhor com as letras de suas músicas. E ainda é super carinhosa com os fãs e um exemplo a seguir. Gosto muito de outros cantores, mas nada como a Taylor. Ela é diferente”.

Beatriz Collier, também fã desde 2008, foi cativada pelo comportamento da americana. 

“Ela tem um jeito meigo, é uma pessoa muito talentosa, e muito dedicada a sua música, quer sempre mudar e dar o seu melhor. Além disso, ela toma muito cuidado com a sua imagem, porque sabe da influência que tem. É uma inspiração entre as celebridades atuais”.

Mesmo com todo esse comportamento tranquilo, Taylor não consegue fugir da polêmica em uma questão muito específica: seus relacionamentos. Swift tem uma lista de namorados famosos que inclui John Mayer, Jake Gyllenhaal, Taylor Lautner, Joe Jonas, Harry Styles. A atenção da mídia em cima desses namoros foi inevitável, e os comentários sobre os términos também. A última vez que Taylor apareceu com um namorado foi em 2012. Mesmo solteira há dois anos, ela ainda ouve piadas maldosas sobre seus relacionamentos. Segundo Beatriz, isso incomoda a fanbase. 

“Ainda incomoda porque não importa o que ela faça, as pessoas vão ligar a algum ex-namorado e inventar alguma fofoca sobre o assunto. Por exemplo, ela lançou uma música nova recentemente, que não tem nada a ver com relacionamentos. Mesmo assim, eu ainda vejo muita gente fuçando as entrelinhas da letra pra encontrar alguma coisa”.

Milionária, bonita, jovem, talentosa. Taylor tinha tudo pra se tornar aquele tipo de artista arrogante e inalcançável com quem nenhum fã se identifica. Mas as coisas funcionam de outro jeito com a dona do country-pop. A americana tem uma dimensão muito humana, e faz questão de deixar isso claro. Recentemente, ela descobriu o tumblr, e na humildade que lhe é característica, postou: "Taylor aqui. Vou me trancar no meu quarto e não sairei até descobrir como usar o meu Tumblr. Bem, eu vou sair por um segundinho para fazer um lanche ou algo assim, mas é isso. Estou focada. Eu tenho um monte de perguntas, me ajudem."
Taylor gosta de gatos, de artes, e de dançar em premiações. No VMA 2014, enquanto todo mundo socializava, ela estava lá, perdida em seu próprio mundo, fazendo uma de suas coreografias peculiares.



Além da imagem de boa moça, Taylor Swift conseguiu ser respeitada também por sua música. Os sete Grammys Awards – prêmio mais importante da música americana – são um atestado disso. Com uma carreira impressionante, principalmente para alguém jovem como ela, Taylor já passou por diferentes fases. Mi aponta “Speak Now” como seu álbum preferido da estrela country-pop.

“Em minha opinião, o "Speak Now" é o melhor, é o momento em que vejo a Taylor mais madura, onde ela expõe os seus sentimentos, uma vez que ela compôs todas as músicas do álbum”.

Jefferson concorda.

“A minha época favorita é a era “Speak Now”. Acho que nesse álbum podemos ouvir várias Taylors: country, pop, rockstar”.

Beatriz vê no último trabalho a melhor fase de Taylor Swift.

“Acho que a fase "Red" foi muito marcante porque foi a primeira vez que a Taylor, antes essencialmente country, experimentou produzir algumas músicas explicitamente voltadas para o pop”.

Claudia é mais imparcial. 

“Sinceramente, não consigo escolher. Amo a fase country dela e suas músicas românticas, mas também estou adorando essa nova fase pop, cheia de músicas animadas e com um sentido de ‘não ligo mais para nada, vou simplesmente ser feliz’”. 

Fases preferidas à parte, os quatro tem em comum o amor incondicional por Taylor Swift. Para Claudia, a felicidade da ídola traz uma energia muito positiva para os swifties.

“Não importa quanto tempo passe, as músicas da Taylor ainda vão encaixar nos momentos da nossa vida. Ela é uma artista completa. Talentosa, linda, humilde e carinhosa com os fãs; e isso nos faz melhor a cada dia. A felicidade dela faz o fandom se unir e ficar tão feliz quanto. Acho que só quem é realmente fã sabe”. 

Fã ou não, você tem que admitir: a vida é muito curta para não amar Taylor Swift.









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domingo, 21 de setembro de 2014

One Direction, as directioners e a jornada da maior boyband do pop atual

O Discovery Channel tem um documentário chamado "Os Dias Que Mudaram O Mundo". Se o roteiro do filme tivesse sido escrito por uma directioner, a história provavelmente teria 23 de julho de 2010 como um dos capítulos. Nasceu nesse dia, às 20:22h, na sétima temporada do programa de talentos The XFactor UK, a boyband One Direction. Louis Tomlinson, Zayn Malik, Harry Styles, Niall Horan e Liam Payne entraram na competição como artistas solo e foram reunidos por Simon Cowell, empresário, produtor musical, chefão da gravadora Syco e jurado do programa. A primeira performance como grupo foi um cover de “Torn”, que levou a 1D para a fase de live shows do XFactor. Os meninos seguiram na competição até o dia 12 de dezembro, quando foram eliminados, ficando em terceiro lugar.


O que poderia ser um fim precoce para a boyband, na verdade foi o começo da explosão do One Direction. Alguns dias depois os meninos já estavam assinando contrato de com a Syco. Em 2011, o grupo lançou “What Makes Beautiful”, single de estreia, alcançando o topo das paradas britânicas. O álbum début, “Up All Night”, veio em novembro. Em pouco tempo, a febre 1D tomou o mundo todo. Hoje, quatro anos depois daquela primeira apresentação, o grupo tem mais de 20 milhões de seguidores no Twitter, quase 35 milhões de curtidas no Facebook, 3 álbuns com bons números de vendas, 3 turnês, 2 filmes, 2 fragâncias.

A One Direction chegou ao Brasil pela primeira vez em abril de 2014, mas o número de fãs por aqui se multipica há muito mais tempo. Hoje são cerca de quatro grandes updates dedicados ao grupo no país. O One Direction Music Brasil (@1DMBR) surgiu em 2012, inicialmente como uma página no facebook. Em 2013, o update tornou-se um site. Jhonas Bowman, designer e principal nome da equipe, faz parte de um grupo privilegiado que conheceu os meninos desde a época do XFactor.

“Meu irmão mais velho sempre foi de assistir programas desse gênero pela internet e eu sempre o acompanhava, de todos o que primeiro 'conheci' foi o Louis Tomlinson, eu torcia pra que ele conseguisse seguir solo no programa, no começo não gostei muito de juntar todos os meninos, acabei achando interessante e comecei a gostar de todos eles”.

Emily Falcão e Marta Conceição chegaram aos meninos depois, e de formas bem semelhantes: graças a Zayn Malik.

“Na época do ORKUT, eu costumava usar fake e havia muitas fotos do Zayn circulando pelas comunidades. Acabei indo pesquisar quem era e desde lá, venho acompanhando cada passinho da 1D”

“Vi uma foto do Zayn em uma página no Facebook que não tinha nada a ver com a One Direction e fiquei encantada por aquela pessoa que eu nem sabia quem era mas que me passava um sensação tão boa apenas de olhá-la”.

Um dos momentos mais complicados para a fanbase veio agora em 2014, quando foi divulgado um vídeo de Louis e Zayn fumando – supostamente – maconha. Para Jonas, foi um momento em que os meninos precisaram do apoio das fãs.



“Até então nada de 'escandaloso' ou algo ruim havia acontecido. Foi uma situação que tivemos que apoia-los já que a mídia faz de algo pequeno uma coisa escandalosa. Muitas pessoas que se diziam fãs se revelaram contra os dois meninos envolvidos o que gerou uma certa separação no fandom”.

Se acompanhar um artista de vez em quando é difícil, imagine cinco. No One Direction Music Brasil, a equipe se divide.

“Nós separamos. Eu fico mais atento as atividade do Louis, a Vicky, nossa Webmaster, foca no Niall, a Luana no Harry, e assim vai. Mas claro que também todos procuram  em geral, assim torna o trabalho mais fácil”.

Para o fã comum, que segue os meninos por hobby, também não é fácil. Para Emily isso não é um problema, mas Marta às vezes tem dificuldade em acompanhar tudo que está relacionado ao grupo.

“São cinco vidas para você cuidar além da sua. Ou melhor, mais de cinco, porque outras pessoas ficam envolvidas nisso: os instrumentistas, família, amigos, etc. Talvez por ser um grupo, algumas coisas estão sempre relacionadas a todos eles, facilitando nossas vidas, apenas quando estão de férias ou em alguns casos específicos fica mais difícil de acompanhar”.

Os chamados “shipps” são uma questão delicada entre as directioners. Na época do XFactor, surgiram rumores de um suposto relacionamento entre Harry e Louis, conhecido como “Larry”, futuramente negado de forma veemente. O fato é que parte da fanbase ainda assim acredita que “Larry” seja real, uma parte não. Nessa verdadeira confusão que é essa história de shipp ainda entram Zayn e Liam (conhecidos como Ziam), Zayn e a namorada Perrie, da grilband Little Mix (Zerrie), Louis e a namorada Eleanor Calder (Elounor). No fim das contas, é uma questão que serve basicamente para dividir a fanbase. E nisso Marta e Emily e Jhonas, concordam.

“Com certeza somos o fandom que é mais divido em relação aos famosos 'shipps'. Nós da equipe não falamos ou postamos sobre esse tipo de assunto, nunca ficamos de um lado ou outro, apenas resolvemos que é melhor não comentar pra não piorar! Esse é um assunto que literalmente gera briga entre os fãs mais novos, e como nossa equipe acompanha há mais tempo, não damos muita importância a isso” – Jhonas.

“Isso acaba desunindo a fanbase, por que a maioria das fãs levam o shipp muito a sério” – Emily.

“Quem fica com quem, eu gosto de tal pessoa com tal pessoa, isso não tem nada haver, os nossos ídolos que tem que escolher e se faz bem pra eles e estão felizes, ótimo. Isso tudo acaba dividindo o fandom, causando brigas em um grupo que deveria ser uma família” – Marta.

Dramas de shipps à parte, a One Direction ainda consegue fazer a fanbse feliz. Para Marta, mesmo com as brigas, as directioners são uma espécie de família.

“Temos ídolos maravilhosos que nos fazem rir, fazem a gente se sentir bem, nos dizem o que queremos ouvir no momento certo, nos dizem que somos perfeitas não importando como somos, enquanto a sociedade nos coloca pra baixo. Mas uma das melhores partes de ser Directioner é esse fandom que embora tenham brigas e desentendimento, conseguem se unir no momento certo”.


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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Miley Cyrus e sua legião de sorridores: os smilers

Os americanos que ligaram a televisão no dia 24 de março de 2006 no Disney Channel assistiram a estreia da menina que se tornaria, anos depois, uma das maiores estrelas de uma era de ouro para o canal. Miley Cyrus era a protagonista da série Hannah Montana, que contava a história de Miley Stewart, uma jovem cantora dividida entre a vida de uma garota normal e a vida de artista mundialmente famosa. Miley foi Hannah Montana até janeiro de 2011. Em cinco anos de série, Cyrus cresceu em sob os olhos atentos do público, que ainda estava preso à imagem da garota de 14 anos que surgiu em 2006. Em 2011, Miley já tentava desesperadamente se livrar dos rótulos que ainda a perseguiam. Em 2010, antes do fim do contrato com a Disney, a artista se reuniu com os chefões da emissora e soltou de cara o pedido: “quero protagonizar um filme”. E assim foi feito. A americana foi a personagem principal da adaptação do best seller “A Última Música”, de Nicholas Sparks. No mesmo ano, lançou um álbum com o significativo nome de “Can’t Be Tamed”.



Nesse período de tempo, Miley obviamente acumulou um número altíssimo de fãs. Hoje são mais de 18 milhões de seguidores no Twitter, quase 50 milhões de curtidas no Facebook. É uma fanbase extremamente fiel, que a acompanha há muitos anos. Matheus Rodrigues Barbosa, de 19 anos, cresceu junto com a artista.

“A Miley foi a primeira artista que eu comecei a criar uma relação de fã, ainda quando era criança, e nem entendia essas coisas de ser fã”.

Um dos maiores sites de updates sobre a artista no país, o Mileybrasil.com.br (@SiteMileyBrasil) surgiu em 2011, exatamente no importante momento de transição da americana. Jhonatan Borges é co-webmaster do site, e aponta o ano de 2013 como o mais complicado para o fandom.

“2013 foi muito puxado para nós, pois muitos ‘só queriam ver o que a mídia queria mostrar’".

Apesar de difícil, o último ano foi importante para definir não só o rumo que Miley tomou em sua carreira, mas também na forma que o update lidou com essa nova fase. 

“Chegamos a um momento onde aprendemos muito bem - e na marra - o que devemos ou não postar. Primeiramente, checar se a fonte é confiável. Em segundo, checar se não vai gerar atritos entre a própria fã base ou com terceiras. E por último, avaliar se é algo realmente importante e se é algo que nossos leitores gostariam ou não de ler”.

Foi apanhando muito que a fanbase amadureceu, e, mais importante: se uniu. Jhonatan  garante que entre os smilers não há muitas brigas, tanto que a relação com os outros sites é boa, e se estende à parceria nos projetos para receber Miley no Brasil, daqui a alguns dias.

“Estamos em parceria com os outros fansites para divulgarmos ela aqui. Mas para o show, por parte individual do nosso site, estamos preparando surpresas extras, fizemos dicas e guia de sobrevivência e coisas do tipo, além de fecharmos uma super parceria com uma loja de produtos, onde junto com eles, desenvolvemos designs para colares, pingentes e camisetas exclusivos para a tour”.

É preciso deixar claro que o 2013 dos smilers não se alimentou só de polêmicas. "Bangerz", o primeiro álbum fora da antiga gravadora, "Hollywood Records" vendeu muito bem, e teve bom desempenho nos charts americanos.



(Créditos vídeo: Miley Cyrus performing Wrecking Ball. (C) 2013 RCA Records, a division of Sony Music Entertainment)

Karol Santos, de 19 anos, está com Miley desde que a Cyrus era Stewart, em Hannah Montana.

“Conheci a Miley em Hannah Montana. Adorava a personagem e a série. Quando saiu o clipe de 7 things, ela começou a chamar minha atenção”.

Karol, Matheus e Jhonatan vêem momentos diferentes como os mais difíceis para a fanbase. O corte de cabelo, em 2012, o vídeo de Miley fumando sálvia, em 2010, e todo o drama que envolveu 2013 foram, respectivamente, escolhidos como os vilões do fandom.  

Os três também encontram motivos distintos para amar Miley Cyrus. Para Matheus, “a melhor coisa de ser Smiler é perceber o quanto essa mulher é feliz. Isso me inspira muito, por saber que ela é verdadeira consigo mesma e não liga para o que os outros vão pensar”. Para Karol,o melhor “é possuir uma ídola sincera, autêntica e talentosa. Eu admiro e me inspiro muito na coragem em ter atitude para ser quem você quiser ser, não se importar com a opinião alheia e ser feliz com isso”. 
Jhonatan escolhe um momento bem específico para explicar o melhor de ser smiler. “O melhor é saber que a todo momento, quando você menos espera, será muito bem surpreendido. Quem diria que, um ano depois da performance polêmica no VMA 2013, quando Miley finalmente ganhou o seu primeiro Moonman, ela usaria o seu grande momento de receber o maior prêmio da noite para levar um desabrigado ao palco e usar esse momento para uma causa nobre, o fim da desigualdade e a aplicação dos direitos humanos? Ninguém imaginaria isso. Ao longo da noite, muito se disse sobre Jesse ser o novo affair de Miley, mas ninguém imaginaria que ele na verdade era um morador de rua e que subiria ao palco para levar audiência a sua causa. Essa é uma Miley Cyrus muito comum mas que poucos conhecem”.

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quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Justin Bieber: um fenômeno do pop coroado pelas fãs

Você pode chamar de medíocre. De vândalo. De arrogante. Mas encare os fatos: aos 20 anos, Justin Bieber é um fenômeno pop. Até meados de 2010, poucos sabiam quem era o garoto canadense de franjinha que não parava de aparecer na televisão cantando “Baby”. Quatro anos depois, Bieber tem mais de 54 milhões de seguidores no Twitter, quase 75 milhões de curtidas em sua página no Facebook, 4 álbuns de estúdio (além de compilações, um EP e versões remix), 3 turnês, 2 filmes, e uma fanbase gigantesca.

Só no Brasil, são cerca de cinco grandes sites de updates. A Bieber Crew Brasil (@BiebersCrewBR) acompanha o astro desde 2012. Tem mais de 24 mil curtidas em sua página do Facebook, quase 42 mil seguidores no Twitter. Mariana Oliveira (@strat00h56), de 18 anos, fundadora do site, conheceu o trabalho do canadense junto da maior parte do público: com o clipe de Baby. Foi o que ela classifica como “amor à primeira vista”. Mariana aponta dois momentos como os mais difíceis nesses anos com Justin: quando fotos dele fumando foram divulgadas e quando ele foi preso, no começo de 2014.



Nesses anos, o fandom, conhecido como belieber, viu Justin sair do menino franzino, sem tatuagens, de franjinha jogada, discurso de bom moço e sorriso meio tortinho, para o rapaz musculoso e tatuado. Ah, e Justin agora é aquilo que gostam de chamar de badboy.



Jon Bon Jovi, o bateirista do Aerosmith, a mulher de Ozzy Osbourne, até a Xuxa. Todos eles já gastaram preciosos minutos de seu tempo falando de Justin. O cantor já se envolveu, ainda, em polêmica com o ator Orlando Bloom, tem problemas constantes com paparazzis, teve a casa revistada pela polícia americana, foi fotografado fumando maconha. Além, é claro, do aparentemente eterno namoro ioiô com a americana Selena Gomez.

Camila Moreira (@CamilaB_M), de 18 anos, chegou em Justin antes de Mariana.

"Conheci em 2009 quando vi uns vídeos amadores no Youtube. Aí logo depois, ele começou a fazer sucesso".



 Pouco tempo depois, Bieber foi apadrinhado por ninguém menos que Usher, passou a ser empresariado por Scooter Braun e assinou com a gravadora RBMG.

Com quase cinco anos de existência, as beliebers já são uma fanbase razoavelmente madura. Um exemplo disso é a superação das diferenças que ocasionalmente surgem entre os sites de updates. 
“No começo tinha até algumas brigas, mas com o passar do tempo percebemos que estamos aqui pelo Justin e nos unimos várias vezes para ajudá-lo em premiações e mutirões para divulgar singles.”

Assim como Mariana, Camila também considera a prisão de Bieber como um dos momentos mais difíceis do fandom. Ser fã do astro do canadense é viver em constante polêmica. Mas, para a fundadora da Bieber Crew Brasil, as beliebers formam uma “família”, e é isso que ajuda a passar por todo tipo de dor de cabeça, como a do começo do ano.

“A maioria das fãs acordaram com a notícia que o cara que elas amam estava preso e naquele momento o sentimento foi de derrota, muita raiva e decepção. Quando caiu a ficha veio a tristeza por ele, pela família, pelo fandom e por mim. Ele é a nossa base e naquele momento tínhamos sido atingidos. Durante o dia, a preocupação com o bem estar e com a carreira dele foi inevitável. 
Sentimos pena, mas ao mesmo tempo estávamos querendo desistir de tudo porque do dia pra noite tudo mudou. Mas somos uma família que vive ao redor do mundo, temos problemas, decepções mas temos alegria e muito apoio um ao outro. A maioria de nós cresceu com o Justin, então há facilidade na compreensão. E assim lidamos com tudo, com amor e o máximo de maturidade possível”.

No último dia 8, Justin foi inocentado de uma acusação por agressão a um paparazzi. Ao contrário da prisão, que foi amplamente divulgada, essa notícia ganhou pouca atenção da mídia. Aparentemente, um Bieber inocente não é tão interessante para o TMZ quanto um Bieber culpado.  

E vale a pena sofrer por Justin Bieber?

“Eu costumo brincar falando que não é bom ser belieber porque ninguém entende o sentimento de fã. E tem o fato de você se dedicar a alguém que está muito longe da sua realidade. Eu diria que a melhor coisa de ser fã dele é o carinho que há na relação fã x Justin”.

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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

First Things First: o que é um fandom?

Um fandom é, basicamente, um grupo de pessoas que se reúnem em torno de um determinado assunto. É um espaço de encontro entre gente que gosta das menos coisas. Um filme, um livro, uma série de TV, um artista. Se você é fã, você tem o seu fandom.

O fã assume, cada vez mais, o papel de destaque na história do artista. Esses grupos se mobilizam, por exemplo, para divulgar quando o artista lança um novo single. E a mídia vem aprendendo a lidar com isso. As premiações com participação do público são grandes exemplos. No Video Music Awards 2014, organizado pela MTV, a participação dos fãs foi de enorme importância especialmente em duas categorias: Artist To Watch e Best Lyric Video. Essa última categoria foi anunciada cerca de duas semanas antes da premiação, e pedia para que os fãs votassem através da postagem de hashtags no Twitter e Vine. A banda 5 Seconds Of Summer reuniu mais de 78 milhões de votos, e levou o prêmio. Segunda colocada, Demi Lovato ultrapassou os 73 milhões. Na categoria Artist To Watch, a girlband ascendente Fifth Harmony ganhou o moonman. Segundo um dos updates, foram mais de 700 milhões de votos basicamente entre os fãs brasileiros. Números impressionantes, e que explicitam a força das fanbases.

O Twitter e o Facebook reúnem parte significativa dos fandoms, principalmente daquelas fanbases que giram em torno de artistas ocidentais. Dentre esses fãs, tem aqueles que escrevem fanfictions, aqueles que desenham, aqueles que fazem vídeos e vines, aqueles que fazem edits. E tem aqueles que estão lá. Sem fazer realmente nada, simplesmente ali, participando da movimentação.

Ser fã é complicado. Sempre vai ter gente julgando, criticando. “Eles nem sabem que você existe”. Mas, sinceramente? Em um mundo que insiste em espalhar o ódio, é preciso valorizar aqueles que preferem dedicar tanto amor a alguém, sem realmente esperar nada em troca.  

Esse é o Fandom Pop. Seja bem-vindo

O Fandom Pop foi idealizado basicamente para reunir algumas das fã-bases do atual cenário musical pop. Com autoria de Raiana Collier, fangirl assumida, estudante de jornalismo e redatora do site Febre Teen, as postagens vão mostrar o que é ser fã hoje em dia.

Você pode sugerir que o seu fandom ganhe uma postagem. É só fazer seu pedido ali no cantinho, em "Sugira um fandom!". Ou, se você achar melhor, pode falar comigo no Twitter: @hicollier.

O Fandom POP está ligado ao curso Edição em Jornalismo Impresso, ministrado pela professora Marília Martins, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.